O samba quis dizer: eu sou cinema Aí o anjo nasceu, veio o bandido meterorango Hitler terceiro mundo, sem essa aranha, fome de amor E o filme disse: Eu quero ser poema Ou mais: Quero ser filme e filme-filme Acossado no limite da garganta do diabo Voltar a Atlântida e ultrapassar o eclipse Matar o ovo e ver a vera cruz E o samba agora diz: Eu sou a luz Da lira do delírio, da alforria de Xica De toda a nudez de índia De flor de macabéia, de asa branca Meu nome é Stelinha é Inocência Meu nome é Orson Antonio Vieira conselheiro de pixote Superoutro Quero ser velho de novo eterno, quero ser novo de novo Quero ser Ganga bruta e clara gema Eu sou o samba viva o cinema
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